
Escrevo catando letras, como quem cata os restos de uma chuva de papel picado. Tentando consumir algo que há tanto tempo tenta me consumir, como quem vem comendo aos poucos de dentro pra fora, indolor, inodoro, mudo...
Apanho-me num quarto sombrio, escurecido por um tom de azul cor de sangue. Um cheiro de mofo e coisa velha, madeira antiga cheirando a sangue. Uma chuva fina batendo à janela trancada, incomodando o sono funesto do moribundo... Barulho de sangue.
Ninguém mais dorme? Por que esse som ensurdecedor vem das ruas se eu me recuso a acordar? Ainda é noite, certo?!
Algo cheirando a podre, vozes de mães ao fundo, seguidas de um som grosseiro de motor que lembra a morte que chega cavalgando seu imponente cavalo negro.
Nada muda... O desespero vem de dentro; as onomatopéias ao redor é que o transformam em sonhos de sangue, fantasias mórbidas.
Toda noite é só mais uma... E outra... E fim.
Ayron B.
Funesto.....
ResponderExcluirParece loucura!
rsssssssss
Fiquei impressionada do seu jeito de ver o mundo, e de como você retrata a realidade. Você tem futuro, Ayron. Amei, serei a sua seguidora mais fiel. Paz
ResponderExcluirPrimo adorei ! Você escreve maravilhosamente bem (: !
ResponderExcluirBeijos
Beijinhos
Beijocas
Brigado amore!
ResponderExcluirO que tenho de dizer é... Muito bom! Parabéns! Sério, eu realmente amei suas palavras!
ResponderExcluirPor: Giulia; http://giuliablackheart.zip.net
vlw Giulia.. e seja bem vinda!
ResponderExcluirficou muito legal o texto...apesar de sombrio, triste, desesperador, sufocante e aflitivo rsrsrs...mas foi profundo...gostei! :)
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